Quinta-feira última, fomos agraciados com mais uma mostra do artista plástico Fred Svendsen. Assim como na Alliance, Fred ocupou o espaço da Energisa com a beleza dos seus trabalhos, a inovação, mas sobretudo com a seriedade e o cuidado com o fazer artístico: o catálogo, a montagem, o respeito com o público que anda cansado do óbvio. Um prego aqui, outro ali e, pronto eis a imagem das exposições que nos oferecem. Penso que fazer arte implica muito mais.Implica um imbricado de ações que movem o olhar do espectador. A despeito da acústica o espaço da energisa favorece belos eventos. O que poderia servir de exemplo para outros espaços públicos que se encontram descumprindo o seu papel de espaço de cultura.Quando será que os nossos governantes vão acreditar que cultura é mudança? Será que todo esse empenho para criar uma secretaria de cultura vai realmente tira r-lhe a condição de submissão à mediocridade, vai fazê-la existir como fomentadora daquelas ações que põem um povo na condição cidadã? Estamos em situação de atraso tomando como referência estados do entorno.Não sei se procede mas fui informada que o prédio da Funjop foi interditada por não ter condições de habitabilidade.Metáfora apropriada para a situação da cultura no Estado." Portanto, se me perguntam para que serve a arte respondo: para tornar o mundo mais belo, mais comovente e mais humano" nos diz Ferreira Gullar. E nós artistas, como ficamos? Vamos deixar que a vida passe inutilmente ou vamos perder o medo de apontar os furos, de apontar uma política cultural que tire a Paraíba dessa situação de atraso cultural? Queremos ou não um mundo mais humano ?
Um abraço.
Maria dos Mares
Nenhum comentário:
Postar um comentário