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quarta-feira, março 21, 2007

Matéria interessante para todos os artistas, retirada do UOL

09/02/2007 - 17h42Novo curador da Fundação Bienal de SP fala da escolha dos artistas para a mostra de Veneza
THOMPSON LOIOLADa Redação
Jacopo Crivelli Visconti, novo curador da Fundação Bienal de São Paulo, falou ao UOL sobre a escolha dos artistas Ângela Detanico, Rafael Lain e José Damasceno para a representação brasileira na Bienal de Veneza: "um tema estará bastante presente no pavilhão brasileiro: o da criação das imagens, e sua sucessiva, possível desconstrução". Visconti, ex-gerente de produção da Bienal, também explicou seu novo papel na instituição.
Leia entrevista abaixo.UOL: Como foi o processo curatorial, ou seja - o que pediu a fundação de Veneza?
Jacopo Crivelli Visconti: Veneza na verdade não pede nada, apenas material para colocar no catálogo geral da exposição. Eles nos deixam em liberdade total (assim como todos os outros países participantes) para organizar a exposição do jeito que acharmos melhor. Em algumas edições, chegaram a enviar um conceito mais detalhado, pedindo para que a exposição no pavilhão levasse em conta o tema geral. Neste ano, apenas mandaram um texto, bastante genérico, do [curador-geral] Robert Storr, com considerações sobre arte contemporânea. Os artistas escolhidos são José Damasceno e a dupla Ângela Detanico e Rafael Lain. O trabalho de ambos (Damasceno e Detanico & Lain) lida, mesmo que de maneiras aparentemente distantes, com problemas parecidos. Um tema em particular, pelas minhas primeiras conversas com os artistas, estará bastante presente no pavilhão brasileiro: o da criação das imagens, e sua sucessiva, possível desconstrução. Além disto, Detanico e Lain trabalham muito com a idéia de texto, e as obras do Damasceno também contêm sempre em si uma promessa de narrativa potencial, latente. A ligação entre as obras dos vários artistas será, assim, bastante compreensível, criando uma espécie de jogo de relações e reflexos ao longo da exposição.UOL: Como deve ser esta participação brasileira?
Jacopo Crivelli Visconti: Ainda é um pouco cedo para falar disto. O que está definido é que o Damasceno vai ocupar a sala maior, e Detanico & Lain a primeira sala, que é um pouco menor. Mas pode ser que algumas obras de um invadam a sala dos outros, e vice-versa, ainda precisamos amadurecer isso.UOL: Sobre seu novo papel como curador da Fundação Bienal: quais suas idéias e metas para o cargo?
Jacopo Crivelli Visconti: Terei várias funções, algumas eu já desempenhava dentro da Bienal, outras são totalmente novas. As tarefas mais importantes serão: cuidar das relações Institucionais Internacionais da Fundação Bienal; assessorar o Presidente em todos os assuntos em que a imagem da Fundação esteja envolvida e seja preciso um conhecimento específico da produção artística contemporânea; integrar, em nome da Fundação, o Comitê Gestor do projeto Brasil Arte Contemporânea da APEX [Agência de Promoção de Exportações e Investimentos], que visa a fortalecer as exportações de artes visuais brasileiras; apoiar o curador escolhido para cuidar dos eventos principais da Fundação, começando, obviamente, pelas Bienais de Arte.

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