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segunda-feira, março 26, 2007

A Nova diretora da FUNDARPE PE entrevista retirado do 2PTOS

Para encerrar a série Salão para quê?, que reativou o fórum Pra que servem os Salões? - realizado pelo Canal Contemporâneo para o 46º Salão, Dois Pontos procurou a palavra da instituição e foi ouvir Luciana Azevedo, diretora da Fundação do Patrimônio Histórico de Pernambuco (Fundarpe), responsável pela realização dos Salões de Artes Plásticas de Pernambuco. A série contou com avaliações/proposições de Cristiana Tejo, curadora, de artistas participantes, como Mário Simões, Cristiano Lenhardt, Clarissa Diniz e Bruno Vieira, além de Zé Paulo, também artista. Luciana Azevedo, presidente recém empossada da Fundação do Patrimônio Histórico de Pernambuco (Fundarpe), responsável pelo evento, falou, na quinta-feira (22/03), sobre o lugar que a ação tida como “estruturadora” para o setor ocupa na nova gestão. Apesar do pouco tempo para apropriar-se, de fato, de planilhas e projetos, Luciana já ensaia respostas sobre o futuro não só do Salão como de um calendário de artes visuais dentro das perspectivas de políticas culturais no governo Eduardo Campos.2Ptos – Que diretrizes políticas a Fundarpe segue em sua gestão? Luciana Azevedo -Estamos trabalhando no desenvolvimento institucional da política de cultura de Pernambuco, para que os eventos parem de aparecer e desaparecer, tornando-se permanentes. O primeiro eixo da gestão envolve a reestruturação organizacional e a implementação das políticas públicas. Vamos construir uma lei que define política de cultura para Pernambuco, elevando a cultura a um pilar estruturador do desenvolvimento social. Além da legislação, esse processo demanda a construção de um modelo de gestão participativa. Vamos estruturas 12 fóruns, cada um em uma região de desenvolvimento do estado. Além de construirmos um plano diretor para um horizonte de dez anos. Com isso, temos os instrumentos básicos democráticos para que todos que produzem cultura e vivem de cultura nesse estado possam ter o mesmo nível de acesso. 2ptos - E na área de artes visuais? LA - Vamos implementar e dinamizar a rede de equipamentos culturais espalhados no estado, garantindo que cada equipamento tenha uma ação permanente junto a uma linguagem cultural. Na área de artes plásticas, já que muitos museus estão conosco, teremos as edificações voltadas para a capacitação e difusão do trabalho artístico. Estamos articulando uma participação permanente nas escolas, e negociando com o estado o chamado “vale-museu”, um vale transporte que será definido para cada escola. 2ptos - Dentro dessa visão, onde entra o Salão de Artes Plásticas? LA - Entra como um projeto estruturador de mostras nos museus, como um evento fixo no calendário e complementar às ações que vão acontecer nas instituições. A idéia é de que o museu não só abrigue o Salão como interaja com ele através de atividades educativas e de difusão. 2ptos - A difusão é um dos pontos tidos como problemáticos no Salão. Como a Fundarpe pretende propagá-lo? LA Estamos negociando com a TV Universitária e a TV Pernambuco a difusão das atividades dos museus do estado. Se tivermos ações permanentes nos museus teremos matéria prima permanente, conteúdo para ser mostrado na TV e na imprensa em geral. Quem freqüenta o museu é um universo muito pequeno, precisamos dar dimensão aos trabalhos que estão sendo exibidos e o Salão é uma excelente oportunidade para por isso em prática. 2ptos – Como fazer com que os trabalhos produzidos pelos bolsistas tenham vida longa? LA - Estamos definindo a regra geral de que todo produto cultural incentivado por nós vai ter um tipo de registro específico. Na área de música, por exemplo, gravaremos CDs. É o Projeto Prateleira. O que vamos fazer com o Salão é transformar conteúdos em DVD, produzir catálogos e programas de TV, especialmente na TV Universitária, que se tornará um “pontão” de Cultura. Vamos fazer as conexões entre a produção e o público. A idéia é: estruturar, conectar e difundir.2ptos - Qual é a sua avaliação do Salão de Artes Plásticas para Pernambuco? LA - É considerado um projeto estruturador. Ainda não vivenciei o Salão, então não tenho condições de dar essa resposta. Estou, junto à direção de políticas culturais e à coordenação de artes plásticas, estudando o Salão e tudo que ele representa para elaborarmos a próxima edição. 2ptos - Qual é o investimento do Salão? LA - Elencamos um conjunto de projetos na área de cultura que serão garantidos. Para cada linguagem cultural escolhemos um programa ícone, que receberá mais atenção. Na área de artes plásticas é o Salão, que custa cerca de R$500.000.

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